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Não há sobre a Terra acontecimento mais comovente e promissor, que o do encontro dos Seres. Em particular, o dos Seres Humanos, que nos ciclos entre a conciliação e a desordem universal que têm marcado a vida da Humanidade ao longo de toda a sua história, fazem do pensamento uma arma temível em vez de o consagrarem como primeiro instituto da convivência, da comunicação e da obra, logo seguido do Sentir e da Inspiração.
São imagens como esta, em que procuramos interpretar e retransmitir o instante que as criou e através delas, ler também a delicadeza e o poder da sensibilidade irradiado dos rostos, que tornam as interpretações credíveis e as elevam ao supremo da realidade.
Observámos esta grandeza numa dupla de jovens actores, no quadro emocionante que acima reproduzimos. Pedro Caeiro e Joana de Verona, aqui unidos pelo pensamento como se inseparáveis o Espaço e o Tempo. Num olhar que não olha, como neste momento. Observa-se e entende-se como nunca o infinito. Encontra-se a alma e o espírito. Abandona-se o vulgar e cresce-se ao nível da transcendência. É assim que os sentimos, é assim que os seguimos, é assim que os olhamos.
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